Cabo de Rede x Fibra Óptica: Qual a melhor solução para a minha rede interna?
O cabeamento estruturado feito a partir de uma solução elétrica em cabos par trançado, por muitos anos foi a única (ou pelo menos a principal) proposta para a estruturação de uma infraestrutura de rede interna. Com a popularização da Fibra óptica primeiro em cenários externos como é o caso dos provedores de internet e neste segundo momento em ambientes internos como tem sido desenvolvido pela Furukawa com a proposta Laserway, já podemos considerar outras formas de se desenvolver redes internas com diferentes aplicações.
Cabo de Rede
Um sistema de cabeamento estruturado é um tipo de sistema cuja infraestrutura se apresenta de forma flexível e suporta a utilização de diversos tipos de aplicações, tais como: dados, voz, imagem e controles prediais.
O padrão TIA/EIA 568B.1, por exemplo, define um sistema de cabeamento genérico para edifícios comerciais e apresenta um modelo que inclui os elementos funcionais que compõem um sistema de cabos. Recomenda-se a prática de projetos de sistemas de cabeamento estruturado metálico, incluindo seleção do tipo de cabo, comprimentos máximos de segmentos de cabos, topologia, salas de telecomunicações e salas de equipamentos, tudo isso para garantir as boas práticas na confecção de um cabeamento estruturado.
Benefícios de se usar um sistema de cabeamento estruturado:
– Disposição física e meio de transmissão padronizados; – Conformidade a padrões internacionais;
– Suporte a diversos padrões de aplicações, dados, voz, imagem, etc;
– Assegurar expansão, sem prejuízo da instalação existente; – Permitir migração para tecnologias emergentes.
De acordo com pesquisas realizadas nos últimos anos os problemas de gerenciamento da camada física contabilizam 50% dos problemas de rede, e o Sistema de Cabeamento Estruturado consiste apenas de 2 a 5% do investimento na rede. Levando em conta o investimento inicial realizado em um Sistema de Cabeamento Estruturado e que o mesmo sobreviverá aos demais componentes da rede além de requerer pouquíssimas atualizações com o passar do tempo, notamos que o mesmo fornece um retorno do investimento (ROI) excepcional.
Além dos padrões que especificam cada elemento da infraestrutura para uma condução correta do projeto, um cenário de cabeamento estruturado exige saber qual a categoria do cabo iremos utilizar. Veja as principais:
Categorias 1 e 2: Estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas pela TIA ,mas foram usadas no passado em instalações telefônicas e os cabos de categoria 2 chegaram a ser usados em redes Arcnet de 2.5 megabits e redes Token Ring de 4 megabits.
Categoria 3: Este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente para uso em redes. O padrão é certificado para sinalização de até 16 MHz, o que permitiu seu uso no padrão 10BASE-T. Existiu ainda um padrão de 100 megabits para cabos de categoria 3, o 100BASE-T4 mas ele é pouco usado e não é suportado por todas as placas de rede.
Categoria 4: Esta categoria de cabos é certificada para sinalização de até 20 MHz. Eles foram usados em redes Token Ring de 16 megabits e também podiam ser utilizados em redes Ethernet em substituição aos cabos de categoria 3, mas na prática isso é incomum. Assim como as categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais reconhecida pela TIA e os cabos não são mais fabricados.
Categoria 5: Os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e 1000BASE-T, que são, respectivamente, os padrões de rede de 100 e 1000 megabits usados atualmente. Os cabos cat 5 seguem padrões de fabricação muito mais estritos e suportam frequências de até 100 MHz, o que representa um grande salto em relação aos cabos cat 3. Apesar disso, foram substituídos pelos cabos categoria 5e (o “e” vem de “enhanced”), uma versão com normas mais estritas, desenvolvidas para reduzir a interferência entre os cabos e a perda de sinal.
Os cabos categoria 6 suportam frequências de até 250 MHz. Além de serem usados em substituição dos cabos cat 5 e 5e, eles podem ser usados em redes 10G, mas nesse caso o alcance é menor.
Para permitir o uso de cabos de até 100 metros em redes 10G foi criada uma nova categoria de cabos, a categoria 6a (“a” de “augmented”, ou ampliado). Eles suportam frequências de até 500 MHz.
Existem outras categorias, mas ainda não estão plenamente em uso.
Fibra Óptica
Diferente da utilização de cabos de rede, as soluções ópticas trazem certa facilidade na execução do projeto uma vez que elas por ser imune a interferência eletromagnética não carecem necessariamente de uma infraestrutura própria, podendo, caso esteja disponível, dividir espaço em instalações já presentes no ambiente inclusive em Piso Elevado.
O seu funcionamento ao invés de pulsos elétricos conta com pulsos ópticos que transmitem este sinal em um “núcleo espelhado” da fibra.
Conforme artigo técnico lançado no mercado pelo Engenheiro Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, NTS, ATS, as fibras ópticas multimodo são classificadas conforme seu desempenho. Enquanto os cabos de par trançado são classificados em categorias, ( Cat. 5e, Cat. 6, Cat. 6A etc)., as fibras multimodo recebem os nomes OM1, OM2, OM3, OM4 e a novíssima OM5.
A norma brasileira ABNT NBR 14565 reconhece apenas de OM1 a OM4, pois a OM5 é ainda muito recente. Provavelmente ela será incorporada em nossa norma na próxima revisão.
Os tipos OM1 e OM2 são os mais antigos, com núcleos de 62,5 μm e 50 μm, respectivamente, e possuem sua largura de banda especificada somente pela técnica de “preenchimento total do núcleo”, típica das fontes LED. Os tipos OM3 e acima possuem núcleo de 50 μm e têm sua largura de banda especificada pela técnica “largura de banda modal efetiva” em transmissão a 850 nm, mais apropriada para velocidades de 1 Gb/s e acima, que utilizam fontes de luz VCSEL ou laser.
E o que tem de diferente na nova OM5? A sua largura de banda é especificada também no comprimento de onda 953 nm. E por que isso? Porque a OM5 permite a utilização de multiplexação de comprimento de onda (WDM), com a transmissão de quatro canais entre 850 nm e 950 nm. Isso possibilita multiplicar por quatro a velocidade de transmissão por fibra, desde que sejam utilizados equipamentos que utilizem esse recurso.
Custo x Benefício
Apesar de não ser mais a solução do momento, o cabeamento de rede ainda continua sendo amplamente utilizando por ter um custo menor em relação aos projetos ópticos e dispor de uma maior gama de equipamentos compatíveis (placas de rede Ethernet) para a conectividade.
Já no caso da utilização de fibras ópticas temos uma experiência superior de velocidade, estabilidade e segurança, mas, por um custo mais agregado.
Ainda ficou em dúvida? Nossos consultores aqui na Condufibra Distribuidora são constantemente capacitados no que há de mais novo no segmento e estamos prontos para te ajudar!
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