Qual o melhor switch para minha empresa?
Não há como se falar em infraestrutura de redes seja para interligar computadores, telefones, câmeras, equipamentos industriais e tudo quanto é permitida a conectividade, sem considerar um bom dimensionamento de switches. Neste artigo você saberá identificar qual o melhor switch para sua empresa.
Entendendo o Switch
O switch é um equipamento comutador de rede que tem por propósito concentrar os dispositivos clientes para que haja interconexão. Diferente do hub (seu antecessor) o switch dispara uma mensagem de broadcast (endereçada a todos os equipamentos) para montar sua tabela MAC e a partir daí encaminha aqueles dados somente para o exato dispositivo de destino.
Existem vários tipos de switch, alguns somente para conexões ETHERNET via Patch Cords, outros com a possibilidade de conexões ópticas, para isso, dispondo de portas para instalação de Transceivers Ópticos. Isso não quer dizer necessariamente que um switch que contém recursos ópticos seja melhor que um que não tenha, afinal, é importante saber entre o Cabo de Rede e a Fibra Óptica: Qual a melhor solução para a minha rede interna?
Não podemos deixar de mencionar que, uma boa rede não é feita somente de bons switches para que sua infraestrutura te dê a estabilidade, segurança e performance desejada. É indispensável seguir as boas práticas na instalação de um projeto de cabeamento estruturado.
Mapeando e dimensionando minha rede
Antes de especificar o switch adequado para sua instalação é importante ter bem mapeado e dimensionada a sua infraestrutura. A disposição física dos equipamentos concentradores, clientes e servidores além do nível de tráfego gerado na rede é fundamental para a escolha do switch.
Em um cenário onde possuo pouca densidade de dados, por exemplo, podemos utilizar um switch FAST ETHERNET, ou seja, um switch que atenderá a um tráfego de até 100mbps. Mas se no meu ambiente de rede a densidade de dados for alta é importante considerar a utilização de switches GIGABITY ETHERNET, ou seja, switches que atenderão a um tráfego de até 1000mbps, ou então soluções ópticas que superem estes padrões.
Além da observância da quantidade de tráfego na infraestrutura devemos nos atentar a distância física entre os equipamentos, afinal, por padrão normativo entre o switch e o dispositivo cliente deve haver apenas 100 metros (contando com o patchcord). Se houver a necessidade de um lance maior do que esta prescrição, deve-se adicionar um outro switch na intermediação do link.
Principais tecnologias
Além dos conceitos físicos e de tráfego, não podemos esquecer-nos das tecnologias que podemos encontrar nestes equipamentos e que servem para o processo da escolha e especificação do switch ideal para seu cenário.
Interface de gerenciamento – No mercado é muito comum encontrarmos a nomenclatura de “switch gerenciável” ou “switch não gerenciável”, pois não é todo modelo de switch que oferece uma interface de configuração e gerência, seja ela GUI (interface gráfica) ou CLI (interface por linha de comando). Um switch gerenciável é mais aplicável a um ambiente de rede onde existe a necessidade de se alterar a forma de comutação do switch, a velocidade e disponibilidade das portas de conexão, aplicar políticas de segurança, monitorar o tráfego de rede entre outras possíveis configurações.
Camada de atuação – Outra especificação comumente encontrada é se o switch opera como L2, L2+ ou L3. Essas referências dizem respeito ao modelo OSI ou TCP/IP que são padrões de arquitetura para interconexão em rede. Basicamente para nosso entendimento, vale saber que, acima do L2 (Layer 2, em português, camada 2) os switches proporcionam protocolos de roteamento de pacotes para permitir a conectividade entre duas redes distintas, ou seja, com endereçamento de rede diferentes.
POE – Power Over Ethernet – Essa tecnologia permite que pelo mesmo cabo de rede, o switch trafegue tanto os dados quanto alimentação elétrica. Dessa forma podemos dispensar infraestrutura elétrica nos dispositivos da ponta. Esta tecnologia é amplamente utilizada em cenários de CFTV e VoIP. É válido lembrar aqui dos switches gerenciáveis que possuem o recurso POE, pois, dessa forma é possível agendar o dia e horário em que o switch enviará alimentação elétrica ao dispositivo da ponta, a exemplo disso seria o desligamento de telefones IP em turnos que não há atividade na empresa. É extremamente usual este recurso uma vez que economiza em gastos de energia e acaba sendo uma política sustentável.
VLAN – Virtual Local Área Network – Este recurso presente em certos modelos de switches, permite que criemos redes virtuais dentro do equipamento. Imagine um cenário onde na mesma infraestrutura está compartilhado dados do financeiro, comercial, logística, CFTV e etc. Seria muito arriscado deixar tudo transparente, tanto por motivos de segurança quanto de performance e organização da rede. Para isso a VLAN separa o que chamamos de domínios de broadcast permitindo que somente certos grupos de dispositivos possam ter conectividade uns com os outros e isolando assim o restante da rede.
Instalação e acomodação do switch
O switch, por ser um equipamento crucial para o bom funcionamento de sua infraestrutura de rede deve esta devidamente instalado em local apropriado, especialmente em Racks e acessórios de qualidade. Não se esqueça também de prover a utilização de nobreaks para garantir o funcionamento dos seus equipamentos em casos de sinistros elétricos, como dica, sugerimos a aposta em nobreaks inteligentes.
Caso seu cenário apresente situações peculiares como intempéries (caso de mineradoras), temperatura muito elevada ou muito baixa, umidade, entre outras razões, deve-se adquirir switches que tenham uma proteção hermética adequada para sua necessidade, do contrário, corre-se o risco de ter a estabilidade e funcionamento da sua rede altamente comprometida.
É importante considerar a construção de uma topologia de rede que permita a continuidade da rede caso algum switch falha. Podemos usar switches backups para isso, realizar a redundância da comutação entre outras maneiras de não ficarmos dependentes de um equipamento específico.
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